quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Manifexporta, Manifimporta...

“Enquanto uns fazem exportações…
Outros fazem manifestações!...”
E eu ouço estas declarações
E procuro perscrutar as razões
Que levam a tais afirmações…
Feitas as minhas inquirições,
O que é que este magano descobriu?
Que quem tais palavras proferiu
É parte de uma classe que decidiu
Mandar à fava quem produziu,
Tanto que o devido lhes subtraiu…
Cúmulo: em plena Assembleia sorriu,
Como tivesse feito boa acção!...
Aqui, dá-se-me um nó na razão,
Porque põem o povo em mísera condição,
E é tal que, enquanto lhe roubam o pão,
Tomam uma assaz maldosa decisão,
Causadora de mor estupefacção:
Aumentaram-se, e de forma desproporcional,
O subsídio de Férias e de Natal!...
É fácil falar de barriga farta,
E o povo… vá p’ro raio que o parta!
E eu, como sou povo, tenho má sorte.
Nem sei se me manifeste ou exporte…
Só sei que me dá um tal desvario,
Manifesta-se em mim um tal fastio,
Que, a uns quantos, tenho o alvedrio
De exportá-los p’ra a p*ta que os pariu!...
 

El Rey Ninguém