quinta-feira, 19 de maio de 2011

Talibãs da Lusitânia

Chiça, já nem no sofá descontraio!...
Tinha a TV sintonizada na Aljazeera
E eis que vejo tratarem mal a um catraio
Em Vilha Panca de Xeera.

Do Dark Vader envergava seu disfarce,
Protestando p’lo 31 da Arrancada,
Mas eis que alguém lhe descobre a face
Ajeitando-lhe, quase a soco, a queixada!

Pelo jeito, o jovem queria expressar opinião,
Mas era o único que não era fã,
No fervente frémito da multidão,
Do ignóbil regime dos Talibã!

Está visto que tinha intenções legítimas,
Mas estava no sítio certo à hora errada,
Pois não é raro virarem vítimas
Quem se acerca da horda encarniçada

Que tudo faz menos festas
A quem a ousa sequer incomodar,
Mostrando distinta raça de talibestas
E um mau feitio de arrepiar!


Quiçá só por milagre não caiu do céu
Pancadaria a rodos quanto bastasse,
Fazendo jus à Guerra, penso eu,
A que, oportunamente, aludia o tal disfarce…

Isto realmente… não há regime
Que não tenha a sua contradição,
E daí que não seja crime
Acaso se atropela a Constituição,

Que consagra, como muito bem sabemos,
A sacrossanta liberdade de expressão.
Mas não deixam a coisa por menos
Aqueles que juram defendê-la à exaustão,

Isso desde que a não utilizem
P’ra aquilo que foi inventada:
Desmascarar a escória e a fuligem
Típicas duma máquina partidária bem oleada

El Rey Ninguém
(mecânico das massas alienadas, ou oleadas, já não sei…)

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