Amen, meu bom Zé Povinho!
Um dia destes, se queres abrir a boca,
se calhar só no confessionário estás a salvo...
Soneto da Confissão
Eu confesso que há dias em que não distingo
Se é isto democracia ou, afinal, a malfadada ditadura!...
Aliás, eu até já nem sei se foi a um Domingo
Que concluí, por fim, a minha parca licenciatura…
Confesso ainda, para os mais dúbios ou contumazes,
Desconhecer se a Revolução ficou presa na sua infância;
Aliás, nem sei se foi por não ter colado cartazes
Que não exerço agora cargos de vital importância…
Se calhar é por me confessar assim confuso
Que não me ligam meia ou patavina
E me têm por mentecapto, ou um tipo obtuso…
Mas uma coisa é certa e em meu pensar avulta:
Que, a ser democracia, ainda é tão pequenina,
Mas, p’ra ditadura, isto já vai p’ra além de adulta!...
Oh Vergonha Antiga, volta a nós!
E não nos deixeis cair em Revolução,
Mas livrai-nos do estado a que chegou Portugal. Amen!
E não nos deixeis cair em Revolução,
Mas livrai-nos do estado a que chegou Portugal. Amen!
El Rey Ninguém
(citando esse inumerável alguém
a quem tratam... como um ninguém)
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