terça-feira, 3 de maio de 2011

Quadras do Aleixo

Antónimo Aleixo é um poeta popular nato. Não raras vezes, visita-me na corte desta Terra de Ninguém e, como não podia deixar de ser, traz sempre consigo, p’ra tempero de conversa, duas ou três quadras nos alforges. De maneira que, quer se queira quer não, por força dos souvenirs literários que Antónimo vai, uma por outra vez, deixando por aí espalhados, a sua presença, a bem dizer, nunca se desvanece. Desta feita, depositou-me entre mãos duas pequenas pérolas, que oficiosamente transcrevo:

“DUAS QUADRAS SENTENCIOSAS
P’la pluma de Antónimo Aleixo

Quadra n.º1
À guisa de uma espinha entalada na garganta...

Todavia, é facto assaz curioso e solene,
Com as pescas deste país num caos,
E os caros concidadãos tesos que nem carapaus,
Tenhamos sido, justamente, governados por um Cherne!


Quadra n.º2
Estilo maiêutica, mas ao contrário!

E é ainda facto que mui consome
Que haja país onde governe um político
Tão avesso e contrário ao pensamento crítico,
Pois que de filósofo, está visto, só tem o nome!...”

  
Ah Antónimo, quem dera esta “dura gente”
fosse teu sinónimo

El Rey Ninguém

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