Talvez isto seja ainda só o começo…
Produzem-se, afinal, fenómenos maravilhosos
Na vasta imensidão deste universo,
Um prato cheio para a turba de curiosos
Que não quer deitar os pés à cova
Sem antes ver, sei lá, o colapso da supernova,
Ou um buraco negro a engolir, de vez,
Os pólos e as Américas, a Ásia e a Europa
(E assim vai à vida o V Império português
E ficamos, de boa, tesos, sem dinheiro e sem roupa!...)
Eis o último: o Zé Povinho recebe o convite
Para ir à boda de um primo em enésimo grau,
E como não quer fazer figura de biltre
Decide comprar umas calcinhas estilo “Eh carapau!”
O pano é do bom e do melhor, seda fina,
C’os bolsos reforçados, p’ra coçar a tomatina…
E ei-lo!, o Zé Povinho, a fazer um figuraço
Por entre tios e primos, padrinhos e afilhados,
Nariz empinado e a alongar o passo,
Com especial orgulho nos bolsos reforçados…
Mas o Zé Povinho nem sabe o que o espera,
E chegado ao domingo, em plena boda,
Zé Povinho está no pico da vivência da quimera:
É o Rei da Parolândia, e o resto, claro, que se f***!...
Mas o universo, que é um sítio insondável,
Tem guardado, à segunda-feira, uma surpresa
Que constitui um evento, no mínimo, notável:
Zé Povinho mete as mãos nos seus bolsos de realeza,
Mas, em vez da textura dos seus c******,
Depara-se, em vez... c’um buraco de 1000 milhões!...
El Rey Ninguém
(a considerar seriamente
uma carreira na astrofísica...)
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