Sobre Eduardo Retroga, um saudosista puro-sangue, escreveu-me há dias e a propósito, o Luís Vaz de Cifrões os seguintes versos, os quais me pareceram acertados e, eu diria mesmo, epifânicos, ou até, quase me atrevo a dizê-lo, uma "tábua de salvação" para os serious trouble com que nos debatemos:
Em todo e qualquer galinheiro,
Quem quer chegar ao poleiro
Faz-se acompanhar ao seu redor
Por quem jura fazer melhor
Do que aqueles que já lá estão.
Apresentam-se como parte da solução
E nunca, jamais, do problema.
Mas tais galináceos, de farta pena,
Que ora apontam caminho,
Também um dia fizeram ninho
E deram a sua contribuição
Para o actual estado da nação…
Mas longe de nós qualquer crítica
Contra tais percursos na política;
Bem pelo contrário, faz todo o sentido
Não dar o passado por esquecido,
Pois ninguém melhor habilitado
Do que os que nos puseram tal fardo
Em cima dos costados,
Pois eles já não podem estar errados
(Errados estavam antes,
(Errados estavam antes,
Quando ocupavam cargos importantes…),
Porque a solução, tão simples e afinal,
P’ra resgatar aos abutres Portugal,
Como todos já perceberam,
É só fazer ao contrário… do que eles fizeram!
El Rey Ninguém
(a aplicar a fórmula "Eureka",
na esteira da boa tradição arquimédica... ó-i-ó-ai!)
El Rey Ninguém
(a aplicar a fórmula "Eureka",
na esteira da boa tradição arquimédica... ó-i-ó-ai!)
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