vem a ser o felino Relvas:
por ostentar tão farta juba,
canudo lhe assenta que nem luva.
Outros animais, porém, estão aflitos,
porque o maior dos pré-requisitos
para longe, nesta selva, se poder ir
é mostrar tamanho e rugir
desde seu pseudodemocrático sólio.
Daí se ordena o espólio
onde o leão, de poder enfermo,
põe pata sobre o pequeno,
o qual, pobrezito, não tuge nem muge,
Quanto mais sequer ruge!...
Está visto: até na selva há ocasiões
em que gatos, subitamente, se diplomam leões!...
El Rey Ninguém
(dedicando a composição ao Relvas, seu gato de estimação, que tem a mania de se enfiar, à força toda, dentro de canudos e de andar a comer relva - e daí o epíteto...)
Nota: imagem retirada de: http://gatometaleiro.blogspot.pt/
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