Desde o aromado fosso,
Segue a linha espinal de
osso
De encontro ao cilindro
do pescoço,
Onde o cabelo tece
indizível teia.
Aí a mão, resoluta, se
enleia,
Outra se ergue, e aquela
freia,
Impondo mais paulatino
ritmo.
Entre a carne e a carne o
istmo
Semelha, na pose, quem dá
ao signo
Nome que é oitavo no
zodíaco.
O compassado vaivém do
ilíaco
Orvalha a polpa ao fruto
genesíaco
E eleva ao ápice, ao
zénite,
Ponto culminar de todo o
frémito:
Estame, carpelo: em
uníssono débito!
E sobre a indefesa corola
se inclina,
Por fim, polinizadora, a
antera masculina,
E a figura que elanguesce
assim reclina…
El Rey Ninguém
Nota: ilustração da autoria de A. Jorge Caseirão (in "Desenho: Figuras Reclinadas").
Nota: ilustração da autoria de A. Jorge Caseirão (in "Desenho: Figuras Reclinadas").
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