O professor vigilante só
sai se a razão
For, como consta, de
"força maior”,
Mas convém analisar bem a
situação.
Vejamos (à falta de
exemplo melhor):
Se, por acaso, vem a dar ao
vigilante
Uma caganeira dita
monumental,
A ponto de semelhar
descarga de elefante,
Carecerá o caso de um exame
racional:
Se a situação for de
iminente soltura,
Susceptível de atolar
mesmo até ao pescoço,
Como a matéria fecal,
obviamente, não é dura,
Logo não exigirá, do
vigilante, grande esforço;
Porém, pelo contrário, se
o cagalhão for rijo,
Dando ideias de um calhau
no baixo ventre,
Então, naturalmente, e
como o bom senso exige,
É permitir que o
vigilante, da sala, se ausente
E se dirija à latrina ali
mais perto,
Devendo apresentar, como
prova, ao júri de exame:
Uma foto autenticada, ‘inda
que borrada, do recto,
E, por outro lado, e por
lei, 1½ kg do merdame!
Provas por de mais
concludentes para atestar,
Sem que haja dúvida, e perante
seja lá quem for,
Que o vigilante, na
verdade, não podia aguentar
E teve mesmo que fazer…a
tal “força maior”!
El Rey Ninguém
(num dia em que se achou
solidário com
i vigilanti degli esami nazionali!)
Nota: imagem retirada de http://headlinelimericks.blogspot.pt/2012/03/trenton-nj-faces-toilet-paper-shortage.html